O Sol garante empregos
O uso de fontes renováveis cresce substancialmente a cada ano, com a energia solar despontando com os melhores números. Saiba como está o emprego desta tecnologia pelo mundo, com as diferenças de investimentos e políticas dos países que lideram o setor.
A tecnologia fotovoltaica (FV) conquistou seu espaço a tal ponto que a capacidade total instalada desse tipo de energia no mundo superou os 177 GW em 2014. O valor seria suficiente para produzir pelo menos 200 TWh de eletricidade por ano, índice equivalente ao consumo energético de 56 milhões de casas europeias.
Cerca de 60% dessa capacidade foi instalada nos últimos três anos e 98% a partir de 2004. Segundo o Relatório Estado Global das Renováveis 2015, produzido pela REN 21, o mercado fotovoltaico alcançou um recorde em 2014, com a entrada em operação de 39 GW.
Mais uma vez, os três principais mercados FV foram China, Japão e Estados Unidos, seguidos pelo Reino Unido e Alemanha. Outros no top 10 de instalações FV foram França, Austrália, Coreia do Sul, África do Sul e Índia. Somente cinco países adicionaram mais de 1 GW de FV em suas redes em 2014, índice inferior aos nove países que o fizeram em 2013.
Todos os países do mundo têm, em algum nível, energia solar FV em operação. Até o final de 2014, 20 países tinham pelo menos 1 GW de capacidade – mais que os 17 países de 2013. Os líderes em FV por habitante foram Alemanha, Itália, Bélgica, Grécia, República Checa e Japão.
A Ásia foi responsável pela maior parte das instalações. Fora do continente asiático, os principais instaladores de sistemas foram Europa e América do Norte, especialmente Estados Unidos.
A América Latina é o mercado solar FV que mais cresce no mundo, embora este desenvolvimento seja desigual de país para país. Em 2014, o Chile conectou 395 MW que somaram aos 12 MW existentes. Muito do crescimento em FV do Chile está em projetos de grande porte que abastecem a indústria de mineração, bem como em grandes instalações comerciais.
México igualmente apresentou um crescimento substancial (64 MW) e o Brasil efetivou os primeiros contratos para projetos FV de grande escala (um total de 1 GW proveniente de 31 parques solares) ao final de 2014. O maior desafio do continente para o desenvolvimento do mercado FV é o acesso a financiamentos.